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segunda-feira, 14 de abril de 2008

Se ela diz, sou diferente!

Existem momentos na vida que o mais adequado seria ser um avestruz. Cavar um buraco na terra e afundar a cabeça. Bom, nem sempre essas situações são culpa nossa, ou até são, mas porque levamos a diante uma conversa em que a outra pessoa fala a MELHOR asneira dos últimos tempos.

Foi na aula de Inglês. Sim, gosto das aulas em grupos pequenos, pois podemos discutir opiniões, debater temas e aprimorar nossas idéias. Ficava triste quando pegava uma turma que não gostava muito de participar. Sempre gostei muito de falar, mas não sozinha! Já estive em todos os tipos de turmas, mas faz alguns anos que agora só participo de turmas de adultos. O mais novo sempre tem, na melhor das hipóteses, 2 anos a menos do que eu.

Continuando...estava na aula de inglês, quando a professora propôs que fizéssemos uma "mesa redonda" e discutíssemos a respeito da liberdade. As pessoas podem ser livres ou ela precisam de regras 100% do tempo?! Esta era a questão. A turma foi dividida em duas, metade deveria defender a liberdade (o meu grupo) e a outra parte lutar pela legislação e o controle. Era importante que a opinião pessoal de cada integrante não transparecesse no diálogo.

Começamos! Eu estava fazendo o meu papel, defendendo a liberdade sem qualquer tipo de legislação. Foi então que ouvi: "É que tu é diferente da gente. Imagino que estejas até no colégio". É...complicado. O que dizer em uma hora dessas?! Não disse nada. Apenas imaginei a minha mãe, até pouco tempo atrás me dizendo "O dia em que tu fores grande tu vais entender".

Talvez eu seja diferente mesmo. A diferença começa quando a colega julga alguém (e suas opiniões) pela idade. Ah, só pra constar também. Estou na faculdade. Faço Jornalismo. Prazer, meu nome é Patrícia.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Gosta de sapos ou és vegetariana?!

Palavras doces, passos curtos e delicados e mãos que acompanham com total sintonia o movimento de sua boca. Uma professora.

Tive um ótimo professor no colégio. Apenas um. Todos os outros foram bons, ou até mesmo muito bons e, algumas vezes, ótimos no quesito conteúdo dado em aula. Mas somente um reunia todas as boas características do outros, com exceção do carisma. Nem sempre era carismático, afinal eu estava na 5ª série e ele era professor de português. Muitos colegas pouco queriam saber sobre qualquer coisa, quanto mais português. Às vezes me pergunto o que o fazia o melhor. Não sei. Ele simplesmente era. Lembro dele até hoje. Adorava sapos. Pensei em dar um como presente, mas nunca fui muito dessa coisa de paparicar professores.

Meu segundo ótimo professor conheci há mais ou menos 6 anos no meu antigo curso de inglês. Ao contrário do anterior, este possui TODA a simpatia do mundo. Fala calma, paciência de jó (já diria minha bisa), muito conhecimento e um carisma que é praticamente impossível conhecê-lo e não amá-lo. Volta e meia penso em ir ao seu escritório apenas para conversar. Ele me acalma. Posso ter a maior dificuldade no assunto, seja ele na língua inglesa ou não, mas ele faz parecer simples. Pouca coisa sei a seu respeito. Volta e meia ele parece um pai. Acredito que não goste de sapos, mas sei que é vegetariano.

Hoje, mais uma professora parece entrar nesta lista tão pequena. Da universidade. Entre tantas dúvidas e incertezas, ela apareceu. Como os anteriores, ela parece ter toda a biblioteca mundial na cabeça e mais, parece saber tudo o que aconteceu no mundo nos últimos vários anos. Nem por isso ela deixa de ser carismática. Assim como o anterior ela é doce. Parece uma mãe. Cuidadosa. Percebe-se no olhar que ela ama o que faz. Afinal, veio ao mundo com um propósito e este está claro a quem quiser ver: ensinar.

Não conheço quase nada a seu respeito. Não sei se gosta de sapos, muito menos se é vegetariana. Espero um dia ainda descobrir.