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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Neste momento, Renan Calheiros ri da cara do brasileiro e pensa: "Palhaço"!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Encontro agendado

Quando me dou conta, estou a caminho do primeiro encontro. Difícil descrever as sensações. São muitas. Curiosidade, apreensão, medo, dúvidas e a certeza de que o caminho a percorrer a partir deste encontro será, por vezes, tortuoso.

Cheguei ao prédio. O porteiro é excepcionalmente gentil e delicado. Transmite um pouco de tranqüilidade. Espero alguns minutos. Chega a minha vez. Entro no elevador, como um animal que é levado ao abate. Aquele aperto no peito. Ao abrir a porta, aguardo um rosto sério, mas sou surpreendida por um semblante amigável. Ela quase deixa escapar um sorriso, mas como não nos conhecemos ainda, o contém.

A sala é ampla e sem iluminação excessiva. O ambiente me parece perfeito. Sento-me em um sofá confortável, ela senta no outro.

...os livros na estante me distraem por um certo tempo...

Começo a falar, embora a vontade seja de apenas observar todas as coisas e ela. Esta, olha-me como quem busca o máximo de informações relevantes sobre a minha personalidade, durante aquele período de tempo. Mal sabe ela, que faço o mesmo. Aquela roupa, aquele espaço, a forma como senta, fala e ouve descrevem muito a respeito do que virá pela frente.

A minha fala não é tímida, delicada ou envergonhada, muito pelo contrário, utilizo as palavras de forma como se desejasse resolver TODAS as questões em apenas um encontro. E de fato, quero.

Ela, pouco fala, apenas ouve com atenção. Isto me causa certo estranhamento. Complicado falar com alguém que só escuta. De fato, acho que falava para alguém.

A maioria das pessoas ficam ansiosas ao encontrar com alguém. Saber seus gostos, cuidar para não falar nada inadequado e dar uma boa impressão. Eu fiquei ansiosa ao encontrar comigo mesma.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Falta de habilidade é pouco

Sou daquelas pessoas que não possui a MÍNIMA habilidade com esporte. Seja ele aquático, terrestre ou de qualquer espécie. Nas aulas de Educação Física eu bem que tentava e até imaginava a professora susurrando para si mesma "pobrezinha, não leva jeito meeesmo". Durante todo o meu primeiro grau, meus colegas foram orbigadas a aguentar uma porta como "equipe". São Luis, Bom Conselho e Santa Família. Pena dos colegas.

Quase que simultaneamente ao início do segundo grau, iniciei as aulas de tênis. Aí sim, demonstrei minha real habilidade: técnicas domésticas! Pelo menos consegui liberação das aulas de Ed. Física. Pratiquei o esporte durante quase 5 anos. Diversos professores, turmas, horários. E eu, até hoje, não sei qual é o mistério do saque (para o totalmente leigos: saque é quando jogamos a bolinha para cima e acertamos com a raquete para o outro lado da quadra, de preferência por cima da rede!). Se disser que o tênis não me acrescentou coisa alguma, estarei mentindo. A questão é: o que EU acrescentei para o tênis?!

Desisti do esporte, por tempo indeterminado. Horários inflexíveis e aulas ao sábado na faculdade me afastaram do tal esporte complicado. Pretendo um dia volta a jogar, quando estiver com mais tempo, mais dinheiro e com a vida quase ganha (talvez este dia não chegue, mas a esperança continua).

A musculação me apareceu como uma faca de dois gumes. Por um lado, não suportava ficar levantando pesos. Por outro, o tempo era flexível, demasiadamente flexível. Iniciei as aulas. Não levantava muito mais do que uma pena. A emoção de ficar batendo em uma bolinha e descontar toda ira diária na coitada havia desaparecido. Deu lugar a um complicado início. Flexão de joelhos: um ótimo exercício, para quem possui qualquer habilidade em flexionar os joelhos para trás, sem curvar, quase que completamente, a coluna.

Hoje me vejo feliz com a academia. Reformulando a frase. Meus colegas de horário são ótimos e me divirto à beça!Mas ainda não desisti de aprender o mecanismo do saque, será que com a idade ele torna-se mais fácil?!Pagarei para ver.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Olhar de peixe morto...olhar de amante...olhar de amigo...olhar 43...olhar de desprezo...olhar de esperança...olhar de ternura...olhar de cansaço...Olhares, são tantos e de tantas formas distintas que às vezes até nos confundem.
Estamos sempre olhando, como que em busca de algo. Desde a barriga da mãe nossos olhos abrem-se, olham a sua volta e tornam a fechar. E o movimento se repete constante e quase infinitamente.
Durante a existência humana ele é a parte que mais se alegra ou entristece. Ele diz tudo, ainda que nem todos compreendam. Ele sabe tudo, ainda que muitos duvidem. Ele sente tudo.
Antes mesmo de nossa mente pensar a respeito de qualquer assunto. Antes mesmo de nossas mãos tocarem. Antes mesmo de nosso coração sentir. Antes mesmo de ouvirmos algo. Antes de qualquer sentido, nosso olhar pensou, sentiu, ouviu e viu.
É inútil tentar descrevê-lo, é necessário usá-lo.
Simplesmente olhar